data-filename="retriever" style="width: 100%;">A elevação da temperatura é apenas uma consequência do aquecimento global. A alteração do equilíbrio dos ecossistemas é outra.
A temperatura da Terra vem aumentando ano a ano. A cada estação, as mudanças tornam-se mais evidentes. O calorão que tomou conta das festas natalinas deste ano demonstrou que o clima não está para brincadeira. Não havia lugar confortável. 40°C à sombra! Com sol escaldante, até a água refrescava pouco. Nem banhos resolviam. Ar-condicionado passou a ser artigo de necessidade. Ventiladores não deram conta. A tolerância só aumentava ao pensar na conta da luz. Sofreram os humanos. Sofreram as plantas. Sofreram os outros animais. Sofreu a natureza como um todo.
A elevação da temperatura é apenas uma consequência do aquecimento global. A alteração do equilíbrio dos ecossistemas é outra. As praias gaúchas estão infestadas por águas-vivas, noticiam os telejornais. As águas mais quentes favorecem a presença desses animais na beira da praia. A incidência de queimaduras é cinco vezes maior do que em 2018. O estoque de vinagre da Brigada Militar se esgotou em poucos dias. Esta situação afeta também a economia, pois afasta os veranistas.
A infestação de escorpiões em outras regiões e as mutações que vêm sofrendo, tornando-os mais letais, são mais uma evidência das alterações do clima. A ocorrência de doenças até então controladas tem relação com estas mudanças. A população adoece mais em função do clima, abarrotando o precário sistema de saúde. Estamos vivendo tempos de catástrofe com governantes omissos deixando a população mundial à mercê da sorte. O mundo assiste atônito às cenas desesperadoras dos incêndios na Austrália. Incêndios completamente diferentes dos ocorridos na Amazônia. Na Austrália, os incêndios são consequência das alterações climáticas (efeito). Na Amazônia, os incêndios são provocados contribuindo para a catástrofe que verifica (causa).
As altas temperaturas somadas à baixa incidência de chuvas favorece à vegetação seca entrar em combustão. Esta combinação tem destruído sonhos e vidas na Austrália. O homem, causador destes efeitos, torna-se impotente frente a fúria da natureza, ao responder às suas ações.
O Rio Grande do Sul começa a sentir a grave estiagem. A Região Central está ardendo com a ausência de chuvas. A produção agrícola projeta perdas significativas. A seca já é maior do que a de 2012, acenando com a possibilidade de racionamento de água. Essencial para garantir o abastecimento humano e dos animais, prioridade 1 dos usos da água. Sem água, não vivemos!
O cenário mostra que o futuro é cada vez mais incerto e se agrava rapidamente. Se nada (ou pouco) for feito, a Terra se tornará um planeta inabitável. As questões globais têm repercussões locais, portanto, cabe incluir uma pergunta aos candidatos às eleições deste ano para a prefeitura: Quais as políticas locais relacionadas às catástrofes climáticas?
O Planeta é um sistema vivo no qual a toda a ação corresponde uma reação, independente do local em que ocorre.